quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dança e Filosofia

DANÇA e FILOSOFIA

"Quem se dedica à Filosofia põe-se à procura do homem, escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e ação, desejo de partilhar com seus concidadãos, do destino comum da humanidade" Karl Jaspers (filósofo alemão, 1883-1968)

"Dança é a única arte na qual nós mesmos somos o material de que ela é feita." (Ted Shawn)
                                                              

"Eu sou corpo, por inteiro corpo e nada mais". (Dos Desprezadores do corpo)

"A Filosofia não se fecha em si mesma, ensimesmada, mas abre-se sempre a outrem, busca a relação." Silvio Galo (filósofo brasileiro, professor da UNICAMP)

                                           A dança, Henri Matisse
 
 
Nos tempos atuais, a dança incorpora-se definitivamente ao campo investigativo e reflexivo, institucional e acadêmico, por ser uma das mais ricas expressões culturais e civilizatórias. A partir de uma inspiração histórica e filosófica pretendemos, com este trabalho, defender a possibilidade de novas conjunções entre a dança, a escola, a vida política, as questões econômicas, os lugares sociais e as múltiplas expressões da cultura. Partindo das representações discursivas e simbólicas que configuram as múltiplas identidades da dança na sociedade de imagens, pretendemos comprovar que tais representações são uma miríade de simulacros estéticos sujeitos a uma apropriação fragmentada, definida pela condição de classe e sua conseqüente consciência. Em seguida propusemos uma releitura necessária e possível da tradição pedagógica grega, definida como ideal educativo helênico ou Paidéia Grega. Por fim, definimos possibilidades de uma releitura da tradição estética moderna, articulando-a com a práxis educativa, de modo a vislumbrar a potencialidade da refundação desse ideal a partir de novas configurações e novos sujeitos sociais e pedagógicos: a dança como parte orgânica de uma nova Paidéia, numa nova escola. Na sociedade de classes essas novas configurações são possíveis apenas como articulações críticas, como resistências educacionais e políticas. Essa nova condição somente será plenamente possível numa outra sociedade, onde o trabalho represente de fato o fundamento ontológico da emancipação humana.

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